Caminhos não escolhidos


Não estou onde queria estar. Na realidade, a vida têm-me trocado as voltas com frequência. Contudo, quando me apercebi disso há uns anos e de que até gostava de onde o vento me levava, larguei as cordas, icei as velas e deixei que fosse o vento a guiar-me livremente. Contudo, recentemente encontrei um lugar onde gosto realmente de estar, nesta rotina que habito e no caminho que percorro. Sei que vim aqui ter por acaso, mas agora que aqui estou apetece-me içar âncora, permanecer nesta vontade e construir com base nela.

Por isso, apesar de saber que no fundo vou continuar a gostar de onde a vida me leva, nem que seja porque tem de ser, ainda assim, sinto-me aterrorizada. Assusta-me pensar que este pequeno mundo que criei pode estar a acabar em breve e terei de partir para outros horizontes desconhecidos. Porque sinto que sei tão bem o que quero desta vez e gosto tanto do futuro que espreita ao virar da esquina caso as estrelas se alinhem como eu quero, que é difícil deixar o destino nas mãos do acaso.

Seja como for, já não há muito a fazer. A minha rota preferencial está traçada e o que falta é esperar que desapareça o nevoeiro para ver para onde se encaminha o barco desta vez. Entretanto tenho de confiar que vou ficar bem aconteça o que acontecer e se se aproximar uma tempestade tenho o que preciso para sobreviver. No final espero chegar a bom porto novamente.


24/07/2023


Sem comentários:

Enviar um comentário