Honestidade sobre predestinações


Estou no cruzamento. Sinto-o a apertar sobre mim, a espremer-me num sentido que já está decidido, mas do qual ainda não estou consciente. Este desconhecimento deixa-me tão ansiosa que o meu corpo parece que vai parar, colocar-se em pausa até ao momento em que finalmente sei. Por outro lado, fascina-me estas partes da vida, em que ainda tudo pode acontecer, ainda é possível, ainda é viável qualquer opção. Estes entroncamentos tornam-nos quem somos, mesmo que nem sempre nos apercebamos disso.

Desta vez, após um ano, parece ainda mais importante que o caminho seja o que eu escolho. Apesar de por outro lado, não saber se não gostaria mais do outro. Ainda dá para escolher... Não é como pensar agora no passado, no que poderia ter sido, é ponderar sobre o futuro, o que poderá ser!
E é estranho pensar que daqui a um mês a vida estará diferente, para um lado ou para o outro vai estar. Espero estar feliz, espero aceitar, espero estar entusiasmada com o que virá. Seja o que for que isso seja. Nessa altura, em que já saberei o caminho, espero apreciar a paisagem ainda. E sei que vou sempre olhar para este ano da vida, para esta fase da existência, como um bom sítio para se estar. Está a ser bom estar aqui e agora. Não me sinto à espera de nada, sinto-me simplesmente a experienciar o mundo. A viver as consequências principalmente boas das escolhas que fiz até agora, dos rumos que fui tomando.

28/07/2023

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